1990 - 1992

Suas telas são como delicados chorinhos compostos por um erudito clássico
— Luiz Jean Lauand

O biênio 1990-1992 marca a despedida de Pennacchi. Vive isolado em sua casa, recebe uns poucos íntimos e prepara-se para o grande passo. Ainda produz, pintar um quadro lhe dá certo alento e enorme felicidade. Morre em 05 de outubro de 1992 (86), após longa enfermidade. Está enterrado no cemitério da Consolação (São Paulo) no jazigo das famílias Conde Attilio Matarazzo e Matarazzo-Pennacchi.

A Folha de São Paulo, através da pena de Luiz Jean Lauand – “Estética da participação” – lhe presta uma justa homenagem. Do mesmo autor, O Estado de São Paulo publica “Pennacchi e a filosofia de Pieper”. Em dezembro, recebe homenagem no Leilão de Natal de Aloísio Cravo (São Paulo).

Pennacchi, intérprete da vida do campo ou da cidade, não peregrinou nas “Barbizon e Fontaineblue tropicais”, seja por ilusão de chegar a algum lugar, seja pela necessidade de descobrir algo novo. Aqui veio para viver enquanto viajava, para aprender a conhecer o que via, contemplar e dar forma às descobertas propiciadas por sua experiência.

A vida-obra de Pennacchi é a experiência da “descoberta do Brasil”, absorvida e decodificada sob a ótica do universal e do eterno.

O próprio Pennacchi resume sua vida-obra: “Eu amo o ser humano, na verdade, eu amo o “divino” que o ser humano contém”.

nossa herança

Como homem... nos deixou o exemplo de vida em constante construção, pautada por coragem e caráter sem recuos, trabalho, perseverança na busca e conquista de seus ideais, amor a Deus e a seu próximo.
Como artista... nos transmitiu uma obra em que estavam presentes os arquétipos da sua tradição toscana, a rigorosa e séria releitura da tradição acadêmica e dos anos de sua formação, aliadas às profundas reflexões sobre a Criação!

Anos Póstumos

A “Cronologia” dá conta do número de eventos póstumos em que as obras de Pennacchi continuaram a participar; os mais significativos foram:

1995: MAM; “Grupo Santa Helena” com curadoria de Walter Zanini;
1996: MAC/USP; “Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/UPS – 1920-1970”; 2000: FAAP; “Desvendando Pennacchi” com curadoria de Fábio Porchat;
2002: Exposição individual comemorativa DAN Galeria e publicação do livro “Pennacchi – arte mural” com texto de Valerio Pennacchi.
2003: Pinacoteca do Estado e Palazzo Reale (Milão, Itália); “Novecento Sudamericano” com curadoria de Tadeu Chiarelli.
2005: Instituto Moreira Salles; “Os reclames de Fulvio Pennacchi: primórdios da propaganda brasileira”. Vários autores.
2006: Pinacoteca do Estado; “Pennacchi – 100 anos”, retrospectiva com a curadoria de Tadeu Chiarelli. Vários autores.
2007: Praça de Pianacci (Villa Collemandina) intitulada a Fulvio Pennacchi, por obra de Luigi (Pennacchi) Santini. Os primos brasileiros – Pennacchi dei Sargentini – representaram as famílias Pennacchi e Fulvio Pernnacchi. Um texto comemorativo, em italiano, foi escrito por Valerio Pennacchi e distribuído aos participantes do evento.

anexos